71.BIOPSCIOANTROPOLOGIA - Violência e Armamento.
BIOPSICOANTROPOLOGIA – Considerações sobre Violência e Armamento.
Osny Mattanó Júnior.
Professor e Pesquisador em Psicologia.
Formado pela UEL/Pr/Brasil em 1999.
Como podemos abordar os temas Violência e Armamento? Entendendo o que é violência e o que é armamento? Violência é a força violenta, um recurso à força para submeter alguém ou grupo(s) contra sua(s) vontade(s), exercício praticado contra o direito. Já armamento é entendido como instrumento criado e desenvolvido pelo homem para dominar, conquistar e violentar outra pessoa ou grupo(s), prática exercida para o domínio ou extermínio para a sua sobrevivência.
Nas tribos primitivas e nas cidades havia e há violência e armamento. A diferença é que nas tribos havia menos violência e menos armamentos do que nas cidades o que os distingue. A fragilidade é maior nas cidades, pois nas cidades o processo de dependência é legitimado até os 18 anos enquanto que nas tribos primitivas até a puberdade onde se dão rituais de iniciação. Então ser livre para viver é e era diferente nas tribos primitivas e nas cidades. Outra diferença é que o que consideramos doença como a mental é questão de modelagem de comportamento como as atividades de trabalho também o são. O imaginário do primitivo e do moderno são diferentes por causa do processo de aquisição e produção de aprendizagem e conhecimentos, hoje usamos e temos muito mais utilização de nossas inteligências do que antes por causa das descobertas e criações educativas e laboriais, porém ambos imaginários funcionavam muito igualmente bioquimicamente pois os cérebros são iguais, somente a quantidade de informações é que faz a desigualdade na vida inteligente.
A vida inteligente tem 12 fases ou processos distintos que se inter-relacionam para responder aos estímulos recebidos pelo meio interno e externo ambiental, são:
- Espacial
- Territorial
- Corporal
- Lingüística
- Musical
- Matemática
- Intrapessoal
- Interpessoal
- Espiritual
- Emocional
- Naturalística
- Artificial
Nota-se que esta última inteligência a Artificial é conquista do homem das cidades
ou do homem moderno contemporâneo.
Não aceitar e não saber lidar com as diferenças ou Monstros ou inteligências é não aceitar e não lidar com nossas próprias necessidades, sejam fisiológicas (comida, água, sexo, sono e ar), de garantia (segurança, estabilidade, ordem, proteção e libertação do medo e da ansiedade), de pertinência e de amor, de estima dos outros e de si mesmo, e de auto-realização.
Estas inteligências podem e são diferenças e Monstros pois levam o indivíduo através da sua carga genética e ambiental ao sucesso ou ao fracasso ao lidar com violência, delírios e alucinações. Onde o indivíduo delirante se confunde com seus delírios hostis ou é induzido a alucinações onde no mundo real não há, por exemplo o super-herói Capitão Caverna mas você ao contato com ele no seu imaginário você pensa e acredita nele e nas suas idéias onde ou em qualquer lugar em que você esteja. Por causa desses fenômenos humanos nos assujeitamos a violência e aos armamentos – reais ou irreais. Devemos aceitar e saber lidar com nossas diferenças, Monstros e inteligências de modo a otimizarmos nosso convívio social ainda primitivo e moderno através dos mitos e ritos de iniciação primitivos (inconscientemente coletivos) e modernos (inconscientemente pessoais).
Osny Mattanó Júnior – 09/04/2011.
